O governo brasileiro pediu que Israel liberte imediatamente os tripulantes da embarcação que tentava entrar em Gaza com ajuda humanitária. Entre os passageiros estão a ativista Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila.
O Itamaraty apelou para o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais em nota emitida na manhã de hoje. Também destacou “a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante”.
O governo brasileiro disse ainda que as embaixadas na região estão “sob alerta”. Ressaltou que, se necessário, prestará “a assistência consular cabível, em consonância com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”.
O governo israelense interceptou a embarcação Madleen na madrugada de hoje. O barco que transporta ajuda humanitária à Faixa de Gaza tem um grupo de 12 ativistas a bordo, incluindo a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila.
Passageiros da embarcação deverão “retornar aos seus países”, disse o governo israelense. “O ‘iate das selfies’ das ‘celebridades’ está navegando com segurança em direção às costas de Israel”, ironizou o Ministério das Relações Exteriores de Israel em comunicado. “A pequena quantidade de ajuda no iate que não foi consumida pelas ‘celebridades’ será transferida para Gaza pelos canais humanitários reais”, governo de Israel, em nota.
O veleiro da Coalizão da Flotilha da Liberdade, um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinos, partiu da Itália no dia 1º de junho. Após uma escala no Egito, a embarcação se aproximou da costa de Gaza.
Em nota, a coalização informou na madrugada de hoje a perda de comunicação com o barco. A tripulação foi “sequestrada pelas forças israelenses”, acrescentou o movimento.